Um sentimento chamado talvez
outubro 07, 2016
Olhei para você e seus olhos me disseram que ainda era cedo. Olhei para mim e meu coração disse que estava na hora. Afinal, é hora de dizer que não é cedo ou cedo para dizer que já é hora? Saco.
Talvez seus olhos não tenham me dito nada e eu fico com essa paranóia de achar que sua testa franzida significa reprovação. Ou talvez não signifique também. Toddy ou Nescau? Bolacha ou biscoito? Violet ou Ginger? Paranóia ou realidade? Dá para chegar num consenso? Nem dá.
Talvez seus olhos não tenham me dito nada e eu fico com essa paranóia de achar que sua testa franzida significa reprovação. Ou talvez não signifique também. Toddy ou Nescau? Bolacha ou biscoito? Violet ou Ginger? Paranóia ou realidade? Dá para chegar num consenso? Nem dá.
Talvez um dia desses, no meio de tanta confusão, eu tropece num espaço vazio entre as pedras que formam a calçada e as palavras saiam sem que eu veja na hora do tombo. O tombo, por sinal, doeria menos do que a dor de não conseguir dizer.
Talvez um dia eu te diga que tal vez eu tentei dizer e não consegui. Daí, talvez, você me ache bobo por não ter dito. Ou idiota por ter falado. Agora eu não sei. Talvez eu saiba. Hoje acordei meio enroscado.
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