A saudade, os soluços embriagados e as luzes da cidade

novembro 06, 2016

Hoje não dei conta da saudade e o coração saiu cantarolando bêbado pelas ruas da cidade de madrugada.
Lembrei que ontem não havia dado conta também: passei o dia relendo suas cartas, rindo sozinho das fotos bobas que tiramos um do outro e rabiscando seu nome num papel amassado que encontrei na mesa.
Cansei de passar horas observando as luzes bejes dos postes, as luzes das tevês ligadas pelas janelas das casas e a luz dos vagalumes nos matinhos dos becos mal-assombrados.
Os amigos que se abraçam bêbados gargalhando madrugada afora me dão raiva. Ou será que me dão inveja? Touché. Mas por que raios eles me lembram você?
Já são cinco dias de saudade e tá difícil amparar esse coração de ressaca toda santa manhã. E o pior é que nem café tem pra ajudar o coitado.
Sei que você volta em breve, mas tou precisando me distrair. Hoje deito lá fora e espero uma estrela cadente aparecer pra pedir que o tempo passe mais depressa, por favor.
Hoje é sexta-feira, mas bem que podia ser segunda.

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Fotinha :)


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