Cafés meio-amargos mal adoçados pela mesma colher

fevereiro 20, 2017

Gosto de cafés meio-amargos, daqueles que quase amarram a boca e arrepiam os pelos da nuca. Gosto também do shampoo roxo para cabelos lisos (e do condicionador também) porque ele me deixa sem frizz, e não abro mão disso por nada, nem mesmo por um Elseve laranja.
Também gosto de bastante espaço na cama para que eu seja capaz de acordar com ela sem o lençol que fora estendido com cuidado e capricho pela manhã.
Gosto de usar sempre o mesmo talher nas refeições, tenho meu copo favorito e meu jeito especial de criar bagunças-organizadas.
E acredito piamente que todos nós (sim, eu generalizei) temos esses TOCs desvalidos. Minha mãe, por exemplo, acorda todos os dias às 4 do dilúculo para fazer café. O pior é que ela nem o toma quando prepara, volta a dormir em seguida. Vê se pode uma coisa dessas.
Mas vê se pode também eu querer comer sempre com o mesmo talher ou ter prazer de acordar com a cama sem lençol. Não tem cabimento essa bagunça toda, a não ser que você tenha empatia por mim e entenda essas minhas loucuras.
Se você não puder entendê-las, tudo bem, dá pra saber o por quê. Mas se você entende, prometo então que também vou tentar me empatizar mais com seu modo errado de arrumar as roupas, a geladeira e o coração. E aí, num dia desses, caso você tome meu café sem lembrar de adoçá-lo antes, vai entender o porquê de eu ter acabado amando até mesmo as suas loucuras.

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Fotinha :)


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