Esse mês a vida tem sido uma parte do cabelo que não abaixa nem com cuspe
novembro 09, 2017
Esse mês a vida tem sido uma parte do cabelo que não abaixa nem com cuspe. E quando isso acontece é como se talvez eu precisasse de um tempo pra perceber que eu não preciso de tempo, que eu preciso mesmo é enxergar que crescer dói um bocado e, não contente com isso, ainda perceber que às vezes tomo as piores decisões do mundo, e que não tem problema em eu errar também.
Me sinto tão despreparado pra tudo, como se as coisas tivessem um fim imutável, e aí eu acabo virando um ponteiro preso num relógio de parede com as pilhas quase descarregadas. Tô precisando tirar umas férias de mim, baixar a guarda e apagar as luzes do farol. Preciso recuperar o que tiraram de mim até aqui pra ter forças de cuidar de tudo o que é bom e acabou escolhendo meu coraçãozinho pra habitar sem data pra partir.
E você é uma dessas coisas, bebê. Eu sei que em algum lugar por aí vou acabar encontrando a energia que você merece de mim, já posso até sentir os raios de sol aquecendo os nossos rostos num fim de tarde que ninguém jamais viu.
E aí, quando tudo isso passar, eu não posso nem contar todas as formas sinceras de eu libertar todo o amor guardado por precaução debaixo dessa casca grossa que o tempo me deu. E, eu te prometo, vou poder te dar suas estrelas preferidas do céu pra você saber que a partir dali nós só vamos desenhar nossa história com os raios de sol que moram nos sorrisos que você me dá desde que eu te conheci.
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